OVERDOSE CONTROLADA - POESIAS

31/01/2013 12:18

 

OVERDOSE
CONTROLADA
POESIA
*Nota: Todos os poemas desta pagina são de autoria de Jose Silman e encontram-se registrados em nome do autor.
 
 
OVERDOSE CONTROLADA, é uma forma de permanecer mesmo que por pouco tempo, fora dessa rotina melancólica e desumana.
 
Temos em OVERDOSE CONTROLAD, um novo desabrochar da vontade, do interesse de colocar em evidencia palavras de entusiasmo, de disciplina e total desprendimento de tanta coisa oca que nos rodeia.
 
É inegável o valor da mensagem transmitida, uma mensagem limpa que objetiva, penetra, desfilar pela passarela do intimo e mostrar beleza e harmonia de uma maneira simples, mas muito espontânea.
 
Atualmente as coisas tendem à rapidez e à vulgaridade depressiva. É a velocidade em ação, modificando, transformando o belo em sarjeta. É ai onde nasce o desejo de criar e passar a quem tem o hábito de sentir emoções positivas, conjugadas com o equilíbrio do raciocínio, algo de bom, de bonito, de principio, fundamentos para uma vivência criteriosamente controlada, tão difícil de se encontrar.
 
Em cada atitude do campo existencial está a vida, com seus fenômenos  contraditórios, seus contrastes, matizes e, sua amplitude.
 
“OVERDOSE CONTROLADA” é um apelo à sensibilidade; o plano é a razão do amor, comandado a razão do viver e do crescer, como seres que ponderam e colocam a arte como sucessora das turbulências do dia a dia.
 
 
José Euclides – Ziza.
 

SOLIDÃO

 

Solidão

Monstro que devora

Alma que chora

O medo de estar...

 

Dias que passam,

Tristezas que arrasam,

Horas que arrastão

Pra loucura total.

 

Pesadelo real

Sem do sono libertar

Pra na vida ficar

 

Em vão no único vão

Do escuro quarto

Da constante solidão.

 
CASOS DE AMOR
Querem saber sobre o caso
Eu indago: - que caso?
É que acham que eu tenho um caso
No meio desses casos
Tão efêmeros casos de amor.
 
Serão os outros casos
Que irão fazer do amor
Um grande caso pra mim?
 
Casos e mais casos
Estou circundado
Por tantos casos de amor.
 
Estou rebelde, indignado,
Com essas faças sem calor
Estou resoluto a dizer
Que em todo caso
Só caso em caso
De real e absoluto amor.
 

 

SONETO DE LAGRIMAS
 
Vi duas lagrimas caindo
Dos teus olhos, do teu rosto jovial.
Notei o meu sentir dizendo
Puxa, enfim encontrei o meu ideal.
 
Às vezes as lágrimas veem
Antes mesmo de o amor ter se completado
É que lá dentro elas cotem
Um raro sentimento guardado.
 
Se duas lagrimas expressão um dor
Simplesmente não sei explicar
Só sei que são indicio de muito amor.
 
No entanto, estou num terrível dilema.
Cair fora ou ficar e enxugar
Tuas lagrimas sem nenhum problema.
 

 

 
 
BRILHO DOS SOLITARIOS
 
Eu quero dançar
Essa musica com você
Mas hoje você não está
Mais aqui em meus braços,
Nem se quer em meus versos
Ou no meu coração
 
Eu sempre te quis aqui dentro de mim
Compreendi o seu amor
Mas nunca achei que fosse assim;
Todavia, há um preconceito entre nós.
Mas que preconceito pode haver?
O da alma
Da mulher que ama e teme ficar só.
 
Você nunca me amou
No mais você apenas sonhou
E os sonhos um dia acabam
Como o vento que passa
E descobre as estrelas
Brilho dos solitários
Feito eu e você.
 
Você é mulher
E as belas despertam
As feras e os poetas
Eu posso dizer
Eu amei você.
Todavia, há um preconceito entre nós.
Que preconceito pode haver?
O da alma
Da mulher que ama e teme ficar só.
 
Ainda trago comigo
Um brilho estranho no olhar;
Você carrega consigo

O mesmo brilho estranho no olhar
 

ANJOS
 
 
Os anjos em férias
Eu costumo observá-los
E me emociono profundamente
Tanto ao ponto de não consigo mencionar
 
Eles parecem com mil estrelas
Quando elas saem à noite
Mas quando olho em seus olhos
Os vejo completamente fechados

 

 
Assim eu percebo
Que os anjos nunca se ajudam
Porque eles sempre caem
 
Ela faz um charme,
Isso perturba a visão dele
Ele retribui ao charme
Mas isso só perturba a visão dela.
 
Ela nunca se furta ao intento
Diante do rosto adorável dele;
Ele nunca se furta ao sentir
Diante do corpo adorável dela.
 
Eu estou admirado de cada respiração,
Eu estou admirado do que causa o amor.
 
Esse amor de anjos
Que não sabem
Que anjos nunca chamam
Porque eles sempre caem
 

 

TEU OLHAR

 
Bebo o teu olhar
Em taças de surpresa
Que me seca a garganta
Entala-me o peito
Deixando todo o meu corpo
Ébrio desse meu sentir
 
Ébrio
Andando na rua
Derramo lixo
Procurando a essência
 
Cuspo no povo
 
O reflexo do brilho
Do qual sou vitima
O teu olhar.
 
DESEJO
Hão de vir
Braços e pernas
Beijos e bocas
Em braços e abraços
Tão lógico ou ilógico
Quanto este poemeto
 
E virão ver
Os versos complexos
Dos braços e pernas
Dos beijos e bocas
Tão reais
Como hão de vir
Porque virão
 
 
 
 

 

NEGAÇÃO
 
Não sou poeta
Apenas trago o necta
Das flores vivas
E das flores mortas
 
Na verdade
O poema é um alivio
Para que escreve
E para quem nele se vê


 
Há quem me chame de poeta
Poeta eu não sou
Sou apenas a semente
De um futuro verbo em flor
 
Eu não sou poeta
Apenas traço versos
Caóticos e sem nexo
Para ver se empreso
Esse tédio sem fim.
 

 

DILACERAÇÃO BLUES
A solidão fez-se blues
E o amor saiu da canção
Ficou babando
Num canto da sala
Beijou o teto
Cuspiu em mim
Ardeu de afeto
Sorriu pra mim.
 
Correu pra porta
E viu quem passava
Piscou para uma ‘mina’
Anêmica e linda
Ela não ligou pra mim
Demasiada poesia
Em sua indiferença
Fo amor voltou pra canção
O blues acabou sem avisar,
Sem dizer a que veio
O amor foi embora
Mas a solidão...
Essa não.
 

 


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